30.9.09

Ser irmão


"Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus.Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros." I Jo 3: 10-11


Para mim, ele sempre foi um desafio. Quando pequena, vivenciamos pouco o "ser irmão". Como consequência da diferença de 6 anos e meio, ele sempre me considerou boba demais para estar em sua companhia. Éramos diferentes - e somos, ainda. Eu, mais agitada. Ele, mais quieto. Eu, mais humana. Ele, mais material. Mas nos encontramos nos nossos defeitos. Intolerância com a diferença, nervosismo e egocentrismo.
A pirraça sempre foi a minha forma de chamar a atenção dele. Poucos beijos, poucos abraços, quase nenhuma conversa sincera. Ele é ciumento, não se envolve com meus amigos, não se aproximou de nenhum namorado meu (pelo contrário, perseguiu todos - uns mais, outros menos), sempre me delatou para meus pais, tem um pensamento elitista (coisa que eu tenho pavor) e só pensa em dinheiro (para ele, eu sou um desperdício de grana).
Difícil a convivência? Impossível, enquanto um dos dois não se dipuser a abrir mão pelo outro. E aí entra a coisa mais LOUCA do amor: a gente ama, abre mão pelo outro, sem esperar que ele mude com o nosso gesto. Poutz! E eu só cheguei a essa percepção agora, escrevendo esse texto.
Eu não tenho grandes perspectivas na minha relação com meu único irmão. Já sonhei muito, mas hoje espero muito pouco. É difícil me imaginar tolerando o tanto de baboseira que ele faz. Eu me irrito, grito, reclamo. Mas a verdade? Ele nunca mudou. E não creio que vá mudar motivado por palavras berradas por mim.
No entanto, preciso lembrar de minha posição diante dele e de Deus. Preciso ter uma atitude de amor nessa convivência. Convivência que sempre me jogou no buraco, por sinal! Era só eu me dispor a ajudá-lo em algo, que sempre rolava alguma coisa ruim na minha vida por causa da super-proteção dele para comigo.

21.7.09

Eu fiz merda!

Tempos de hesitação chegam. Sempre chegam, por mais próximo que você esteja de Deus. Acho engraçada a abnegação constante. Se isso é o que acontece com todos, então fujo à regra. Eu erro, peco, fujo do rumo. Hoje isso é mais consciente do que era há alguns anos. Mas continua acontecendo. Isso é ser humano.
Há, no entanto, uma peculiaridade no meu comportamento. Aprendi a expor meu erro. Aprendi a me expor a pessoas confiáveis, para que eu esteja sempre consciente da constante luta da minha vida: carne x espírito. Meu objetivo é alimentar o espírito, aumentar meu contato com Deus, buscar fazer o que ele gosta e, consequentemente, evitar o erro. Mas nem sempre eu consigo.
Às vezes meu lado humano aparece mais. E aí entra um dos benefícios de vivermos em coletividade. Uma amiga querida, logo que percebeu que havia algo de errado comigo, me chamou para uma conversa franca, a fim de me ajudar a centrar meu caminho nos planos de Deus.
Se errar é humano, inconformar-se com o erro é espiritual.

16.6.09

Merece ser copiado...

Como existem vários blogs nesse mundo internáutico, gosto de acompanhar aqueles que têm conteúdos individualizados, bem pessoais. Ora! Se você tem um blog fale o que você pensa! É gratuito, fácil, legal, enfim! Por isso, gosto de produzir os textos desse meu cantinho da blogosfera. Não dá para evitar, entretanto, que outras pessoas expressem com perfeição aquilo que você já pensava há um bom tempo, incomodava-se, mas nunca traduziu em palavras. Bom demais ver que não é só você que se incomoda com as manias religiosas, que criam modelos, paradigmas, estereótipos, mas pouco estimulam a relação individual com Deus! Vale a pena pensar...

Adestramento cristão
Por Ariovaldo Jr.

Crente é um bicho estranho. Você grita “AMÉM?” e ele responde gritando o mesmo. Se perguntar pela segunda vez, ele responderá mais alto. Se no meio do louvor você gritar “pule na presença do Senhorrrrrrrr”, então eles pulam. Se você dançar de modo estranho, verá correspondência imediata nas pessoas.

Sua linguagem é facilmente influenciável por jargões. Basta pegar qualquer expressão bíblica cujo significado seja obscuro para a maioria, e pronto! Também colam as expressões inventadas que possuem aparência de espiritual, como por exemplo “ato profético”. Difícil de crer que nem existe esta expressão na Bíblia né?

Facilmente também estereotipamos outras coisas que fazem do crente um ser quase alienígena: os lugares que frequenta, o conteúdo de suas conversas e a aversão às coisas “do mundo”.

Pena quem os crentes não são condicionados a obedecer a todo tipo de “comando”. Parece que o adestramento a que foram submetidos possui limitações. Nem todos aceitam sugestionamentos que os levem a renunciar a seus interesses; ou dividirem suas posses com os necessitados; ou mesmo disponibilizar tempo para aqueles que estão abandonados em asilos, orfanatos e nas ruas.

Ah… antes que eu me esqueça, quero deixar claro que amo os crentes. E exatamente por ser um deles é que me incomodo tanto com estas coisas incompreensíveis que aceitamos passivamente em nossa conduta.

10.6.09

26.5.09

A vontade

21.5.09

Razão do último post

Ah, sim, sim! Preciso explicar o motivo do último post. É que eu espero que os parcos leitores desse negro blog me parabenizem na próxima segunda! Vocês farão uma criança feliz, hein?

Drama de uma aficcionada por aniversário...o dela, claro!

Confesso. Sou doente por meu aniversário. E não é pouco! Gosto que todo mundo veja, perceba, saiba e, claro, que dê parabéns, né? Eu não sei ao certo de onde veio isso, mas posso desconfiar: da minha mãe.
Ela sempre foi looooooooooouca por aniversário: o dela e o dos outros. Dava parabéns a todos os aniversariantes do ano. Era certeiro! Uma ligação que você podia dar por certa no seu aniversário, caso ela fosse sua amiga, colega de trabalho, vizinha, companheira de salão ou até já tivesse perdido qualquer dos cargos citados.
E comigo? Bem, comigo era um pouco diferente. Eu era a filha, a caçula, a princesa que ela sempre sonhou (ainda que eu nunca tenha conseguido - nem desejado - me adequar ao que ela considerava como princesa). Meus aniversários sempre foram com SUPER festa! Lembro bem do primeiro ano que ela resolveu não fazer nada grande, porque nós estávamos com viagem marcada para o dia. Ela sentou com toda calma do mundo para me dizer que ia fazer só um almoço com todos os meus amigos. E, creiam, isso que me deixaria SALTITANTE DE ALEGRIA hoje, me deixou meio triste na época.
Mas minha mãe tinha uma frustração. A data de nascimento dela. 17 de dezembro. Era fim de ano, próximo ao natal. Todos estavam viajando, não dava pra mobilizar todo mundo. De tanto ver a tristeza dela, eu sempre disse: não quero que meus filhos nasçam em feriados ou período de férias.
Agora a frustração é minha. Eu nasci em maio. No lindo dia 25 de maio de 1983. Não, não é período de férias. Também não é feriado, embora seja o dia mundial do orgulho nerd. É que, há 11 anos, eu moro em Salvador e, por aqui, o outono tem uma característica bem marcante. A CHUVA! Sim, chove canivetes no período do meu aniversário. Salvador sempre alaga, engarrafa, vira um caos. E minhas comemorações costumam ir, literalmente, por água abaixo! Uma decepção para aficcionadas como eu, não é verdade?