30.8.08

Batalha pelo sexo...saudável


Todos ou presenciaram, ou ouviram falar, ou até sofreram. Mas pouco era feito. Temos visto, no último ano, essa realidade mais escancarada, aberta. Feridas sendo mexidas, carnegões sendo extraídos. São muitos os sofrimentos escancarados, que têm servido como um alerta para que os abusos parem.
Era triste ver como a igreja (não a instituição, mas o corpo de Cristo na terra) pouco se envolvia no assunto. Não simplesmente por ser pecado, mas por ser um atentado ao próximo // 'Ame o Senhor, o seu Deus, de todo coração, de toda a sua alma, de todo entendimento e de todas as suas forças'. O segundo é este: 'Ame o seu próximo como a si mesmo. Não existe mandamento maior do que estes' Mc 12: 30 e 31 \\. Muito pior do que não se envolver para combater, era abster-se de trazer o assunto à baila, para exortar (não simplesmente condenar, mas escancarar e tentar ajudar os que precisavam de tratamento). Assim, permitia-se (e, em verdade, ainda há os que "permitem") que a pedofilia fosse uma conduta praticada inclusive no âmbito da convivência de congregação. // Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus Rm 12: 2 //.

E por onde andam os intercessores?
Finalmente, muitos servos de Deus têm aberto os olhos para a restauração do sexo dentro das congregações e como algo a ser disseminado no mundo.
Sem entrar no mérito da conduta pessoal e política (esta última, por sinal, pouco me agrada), o Senador Magno Malta, presidente da CPI da Pedofilia, fez uma verdadeira catequese nas igrejas de diversos municípios do país. Quando o senador viajava para apronfundar as investigações sobre esquemas de pedofilia, aproveitava para visitar igrejas e alertar membros e, principalmente, líderes sobre a necessidade de que todos estivessem dispostos para esse combate.
Uma outra iniciativa legal é a da galera da Sexxx Church, que promove conscientização através do seu site, trabalha com o aconselhamento (o Desabafé e tenha fé) e organiza movimentos públicos e palestras, para alcançar o maior número de pessoas.
A igreja tem despertado. Isso precisa contagiar as congregações e os corações das pessoas (crentes, ateus, pastores, bispos, padres, freiras, agnósticos, o que seja), para que haja um movimento de mudança. Um movimento que nós, cristãos, vemos como algo a ser trabalhado no espírito, na alma e no corpo. O espírito precisa estar em paz através do relacionamento íntimo com Deus (Ele é PAI!!! Por que não se aproximar, hein?), para que todo o restante comece a ser restaurado. A alma precisa da cura, da libertação da culpa, do entendimento e da consciência de si mesmo como um indivíduo importante para o mundo e essencial para Deus. O corpo também precisa ser renovado, para que esteja pronto para a prática do sexo saudável, sem violência física ou moral.

24.8.08

Que cristianismo é esse?

Quando me vi introduzida numa realidade cristã, sem nunca dantes ter sido apresentada a ela, tudo se reduzia a rezas, genuflexão, às freiras da minha escola e ao tal do Cristo Jesus. Tudo parecia tão distante da minha realidade, tão fora do que sou.
Ainda não imaginava o que eu viria a conhecer quando alcançasse pouco mais de 20 anos. Uma galera apaixonada e sedenta por conhecer um outro Cristo, diferente daquele pintado por religiões. Um Cristo nú e cru na Bíblia, que se emociona, sofre, é traído, é sempre assertivo no que diz e que tem um amor pleno a ponto de entregar-se para a morte. Um Jesus a ser imitado, amado e desejado.
Esse cristianismo que entende a imperfeição do homem e a necessidade de persistir na busca da tal "medida da plenitude de Cristo" (Efésios 4:13 - NVI). Qual é essa medida? É a medida de um cara que veio à terra para amar os que eram corretos e os que não eram, para aceitar aqueles que eram rejeitados por todos, trazer vida para aqueles que se achavam sem rumo, pôr em cheque a razão daqueles que achavam-se superiores a todos.
Por que parece que tudo babou no meio do caminho? Bem, parece ter uma razão: entendemos tudo errado e tentamos viver a parte mais fácil do que Jesus falou. Como dizem popularmente, queremos saber só do "venha a nós". O Jesus que falou que daria tudo àqueles que pedissem em Seu nome (João 14 : 5 - 14 - texto que deve ser entendido dentro do contexto em que é dito) é o mesmo que afirma que ninguém tem maior amor que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos (João 15:13). Jesus nos desafia a grandes coisas, a construir um mundo mais igual, mais cheio de amor e de liberdade! As religiões, em geral, construíram um caminho errado: com o peso da culpa, da tristeza, da desconfiança, da pretensa pureza que abomina e exclui o erro. Será que Cristo faria assim? Eu e outros milhares de jovens achamos que não e isso tem revolucionado aquele cristianismo que você achava que conhecia.