31.3.09

Um guia para viver melhor...


“Eu sei, Senhor, que não está nas mãos do homem o seu futuro; não compete ao homem dirigir os seus passos. Corrige-me, Senhor, mas somente com justiça, não com ira, para que não me reduzas a nada.” Jr 10: 23 e 24

Às vezes a gente questiona a soberania de Deus sobre os rumos que tomamos na vida. É natural se questionar: mas Deus se importa mesmo com qual decisão vou tomar? E, depois de um tempo, a gente aprende que a resposta é: sim, Ele se importa. E como se importa!

Gosto do termo usado por essa versão da Bíblia (é a NVI – Nova Versão Internacional): compete. Segundo o Michaelis, o verbo competir significa:
com.pe.tir
(lat competere) vti 1 Concorrer com outrem na mesma pretensão; rivalizar: Americanos competem com russos na Astronáutica. vti 2 Ser da competência, da alçada ou da jurisdição; cumprir, caber, tocar: Isso não compete ao Governo estadual. vti 3 Pertencer por direito: É à esposa que compete o imóvel. vpr 4 Rivalizar-se: Nela se competem a beleza e o talento. (Conjuga-se este verbo como aderir; é pouco usado nas formas em que ao p se segue i.)


Portanto, não cabe a nós, homens, falhos, limitados, decidirmos os nossos passos. Podemos fazer isso? Claro que sim! A escolha é nossa. A Bíblia fala de um Deus que não impõe suas decisões goela abaixo, mas que, de forma educada, espera a nossa decisão de pedir ajuda. Aí é que entra Jeremias para dizer: Corrige-me (v. 24). E quando decidimos não pedir ajuda? Bem, então assumimos a responsabilidade de sermos guiados pela nossa própria consciência.

Há uma passagem bíblica que eu amo e que fala sobre a visão de Deus com relação à vida em comparação com a nossa visão. É o texto de Isaías 55: 8 e 9. “”Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos”, declara o Senhor. “Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os seus pensamentos”.”


Vale a pena colocar um trecho do texto de um missionário, o Jonathan Hibrido, que fala sobre a diferença entre a nossa consciência e o Espírito Santo.

O que é a nossa consciência?
É o atributo pelo qual o homem pode conhecer e julgar sua própria realidade; Faculdade de estabelecer julgamentos morais dos atos realizados; Cuidado com que se executa um trabalho se cumpre um dever; senso de responsabilidade; Conhecimento; Percepção imediata dos acontecimentos e da própria atividade psíquica. (Fonte: Mini Dicionário Aurélio).

A nossa consciência sempre nos aponta para nossas próprias vontades, nossas responsabilidades, a propriedade na execução dos nossos deveres de acordo com nossa percepção do fato naquele momento. Se você vai a uma sapataria comprar um tênis, sua consciência pode te induzir a comprar um Nike porque ele é 12 molas, e vai te trazer um devido conforto ou por você gostar do modelo, ou seja, você quer aquele tênis.

Quando vai escolher uma namorada, (o) tem uma lista de pré-requisitos para a candidata (o) cor dos olhos, cabelos, altura, abdômen, porque na sua análise essa é a pessoa perfeita pra você e é assim que você a quer.


E o Espírito Santo?
O Espírito Santo é o “Auxiliador” das nossas almas, aquele que tem conexão direta com o Deus Onisciente, é Aquele que interpreta nossas orações a Deus e analisa não o que sai da nossa boca, mas oração sincera do coração, que sabia a próxima palavra que seria escrita nesse artigo antes de ser formatada em minha limitada mente, mas que também está sujeito ao profeta. (Fontes: Escrituras Sagradas e Revelação do Próprio).

O Espírito Santo nos aponta pro amanha, para o beneficio do próximo, para as prioridades Dele, nos capacita para executar aquilo que fomos chamados para fazer de acordo com a Sua percepção do fato naquele momento. Se você vai a uma sapataria comprar um tênis o Espírito Santo vai te sugerir não comprar o Nike que você tanto deseja, mas talvez comprar o Timberland mais “troncudo” da loja porque para onde Ele vai te enviar no dia seguinte o Timberland terá muito mais utilidade pra você do que o Nike,ou seja, você vai precisar dele.

Quando vai escolher uma namorada (o), Ele te sugere jogar sua lista no lixo, e buscar alguém que talvez não tenha a cor dos olhos que você gosta, cabelo, altura ou abdômen desejado (mas nada também impede que tenha), mas que supra suas necessidades como cabeça ou ajudadora, que tenha o mesmo ministério que você e não vai ficar enchendo seu saco quando você for obedecer a Deus, esta será a pessoa perfeita pra você! Por que? Porque você precisa!

Sua consciência é singular, só pensa no agora acompanhada pelos seus olhos, que não enxergam o que esta a um metro de distancia de você do outro lado de uma parede, o Espírito Santo é coletivo, conhece suas necessidades em longo prazo, pois seus olhos estão em todo lugar e isso também inclui no futuro. Então em quem confiar, naquele que diz apenas o que você quer ou Naquele que diz sempre o que você precisa?

Luau

25.3.09

A espera de Caillou


Caillou é um esperto menino de quatro anos de idade, personagem central de um desenho animado francês que leva seu nome. Não lembro de tê-lo assistido antes, mas o episódio dessa manhã foi bem marcante.
Era um dia de dúvidas e questionamentos como qualquer outro. Já acordei falando com Deus, perguntando, entregando e, acima de tudo, crendo que Ele responde. Liguei a TV e Caillou estava pintando uma caneca de cerâmica. Ao seu lado, a vovó pintava uma jarra. As cores usadas por Caillou pareciam bem fraquinhas, mortas, contrastavam com as cores fortes dos objetos dispostos atrás dele. Como qualquer criança vivaz, o pequeno menino reclamou: “Mas, vovó, não tem outras cores? Essas são muito feias”. Eu concordo com ele. Amo cores vivas, não sou chegada a tons pastéis. A resposta da vovó foi de que aquelas cores ficariam mais bonitas quando passassem pelo forno, mas que isso duraria uma noite.
Ora, Caillou tinha pressa! Ele tinha quebrado a caneca de sua mãe e queria logo presenteá-la com uma nova. Esperar por uma noite seria desestimulante, ainda mais para uma criança de quatro anos. Mas a vovó avisou: Vai valer a pena, Caillou.
Duas coisas me chamaram a atenção nesse episódio: primeiro é que a espera não era pelo tempo, mas pela ação do forno, e, segundo, que, naquela noite, as cores ficariam gradativamente mais fortes até chegarem ao tom desejado.
Quando falamos em esperar, parece que falamos de algo estático, deixado ao acaso. No entanto, o texto de Isaías 64:4 dá uma esperança diferente para aqueles que esperam...os que esperam no Senhor. “Desde os tempos antigos ninguém ouviu, nenhum ouvido percebeu, e olho nenhum viu outro Deus, além de ti, que trabalha para aqueles que nele esperam.”. Pára tudo! Não é o acaso que age na situação. É um Deus cujo poder é expresso desde Gênesis 1 até Apocalipse 22 e que, até hoje, é vivenciado por aqueles que nele crêem.
Além disso, devemos crer que as cores ficarão mais fortes e andar conforme essa certeza. Caillou ainda teve dúvidas, como todos nós costumamos ter. Mas a palavra de sua avó foi consoladora: “vai valer a pena”. É isso que o Espírito Santo consolador faz por nós. “Aguarda, Izabel, as cores estarão mais vivas amanhã. Sou Eu que estou agindo, enquanto você aguarda”.
Assim como Caillou, eu e você diremos amanhã: Valeu a pena! Afinal, não queremos cores fracas, preferimos o que é apurado e apurado pelo fogo.