Caillou é um esperto menino de quatro anos de idade, personagem central de um desenho animado francês que leva seu nome. Não lembro de tê-lo assistido antes, mas o episódio dessa manhã foi bem marcante.
Era um dia de dúvidas e questionamentos como qualquer outro. Já acordei falando com Deus, perguntando, entregando e, acima de tudo, crendo que Ele responde. Liguei a TV e Caillou estava pintando uma caneca de cerâmica. Ao seu lado, a vovó pintava uma jarra. As cores usadas por Caillou pareciam bem fraquinhas, mortas, contrastavam com as cores fortes dos objetos dispostos atrás dele. Como qualquer criança vivaz, o pequeno menino reclamou: “Mas, vovó, não tem outras cores? Essas são muito feias”. Eu concordo com ele. Amo cores vivas, não sou chegada a tons pastéis. A resposta da vovó foi de que aquelas cores ficariam mais bonitas quando passassem pelo forno, mas que isso duraria uma noite.
Ora, Caillou tinha pressa! Ele tinha quebrado a caneca de sua mãe e queria logo presenteá-la com uma nova. Esperar por uma noite seria desestimulante, ainda mais para uma criança de quatro anos. Mas a vovó avisou: Vai valer a pena, Caillou.
Duas coisas me chamaram a atenção nesse episódio: primeiro é que a espera não era pelo tempo, mas pela ação do forno, e, segundo, que, naquela noite, as cores ficariam gradativamente mais fortes até chegarem ao tom desejado.
Quando falamos em esperar, parece que falamos de algo estático, deixado ao acaso. No entanto, o texto de Isaías 64:4 dá uma esperança diferente para aqueles que esperam...os que esperam no Senhor.
“Desde os tempos antigos ninguém ouviu, nenhum ouvido percebeu, e olho nenhum viu outro Deus, além de ti, que trabalha para aqueles que nele esperam.”. Pára tudo! Não é o acaso que age na situação. É um Deus cujo poder é expresso desde Gênesis 1 até Apocalipse 22 e que, até hoje, é vivenciado por aqueles que nele crêem.
Além disso, devemos crer que as cores ficarão mais fortes e andar conforme essa certeza. Caillou ainda teve dúvidas, como todos nós costumamos ter. Mas a palavra de sua avó foi consoladora: “vai valer a pena”. É isso que o Espírito Santo consolador faz por nós. “Aguarda, Izabel, as cores estarão mais vivas amanhã. Sou Eu que estou agindo, enquanto você aguarda”.
Assim como Caillou, eu e você diremos amanhã: Valeu a pena! Afinal, não queremos cores fracas, preferimos o que é apurado e apurado pelo fogo.